Entrevistados

Os entrevistados (textos escritos em 2015, anteriormente ao falecimento de alguns dos entrevistados)

Alair Corbani
2° geração

O Sr. Alair Corbani nasceu no dia 23 de fevereiro de 1930, como décimo filho de Francisco Corbani e Leonor Castilho – ele, filho de imigrantes italianos, ela, de portugueses – ambas as famílias entre as primeiras chegadas ao distrito. Os Corbani são provenientes da região de Cremona, da localidade de Sesto Cremonese. Sua mãe era costureira e com ela aprenderam a costurar, segundo ele, muitas moças, já que naquela época, após o término do quarto ano, as jovens não davam continuidade aos estudos. Seu pai era lavrador.

O “Seu Alair”, assim carinhosamente chamado pelos habitantes do distrito, viveu a vida toda em Quiririm, tendo permanecido apenas por quatro meses em Guararema, no ano de 1937. Como era costume em seu tempo, começou a trabalhar bastante jovem, tendo sido seu primeiro trabalho a lavoura. Mais tarde, foi vendedor na Casa Castro, antiga mercearia do Núcleo, e depois na Mercearia do Seu Bento, que ficava ao lado da estação ferroviária. Deste tempo, lembra-se das entregas de mercadorias trazidas pelo trem de São Paulo, da Casa Matarazzo: banha, manteiga, queijo, querosene, sabão, sal, entre outros.

Além de trabalhar no comércio e na lavoura, seu Alair trabalhou também na fábrica de cordas de Humberto Indiani e, por último, como inspetor escolar, função na qual se aposentou. Desses tempos, se lembra com carinho das conversas com Seu Alessio Ponsoni, seu antecessor no cargo, o qual lhe contava muitas histórias sobre os primeiros tempos do núcleo.

Seu Alair é considerado por todos uma “autoridade” quando o assunto é o Esporte Clube Quiririm. Dele fez parte como jogador, entre 1945 e 1955, tendo sido, depois, diretor esportivo de 1959 a 1968. Há algum tempo, tem se dedicado a escrever suas memórias sobre o Clube, tendo já conseguido lembrar-se da escalação do time no ano de 1938 e da maior parte das esquadras das décadas de 40, 50 e 60.

ECQ
Esporte Clube Quiririm
Venda – Casa Castilho 1953
Casa Castilho - 1953
Delmo João Carlos Montesi
1° geração

O Sr. Delmo Montesi nasceu em 10 de março de 1923 em Quiririm, como filho de Albino Montesi e Rosa Ganassali Montesi. Ambas as famílias chegaram ao Brasil em 1890, vindas da região de Cremona, sendo certo que os Montesi saíram do lugarejo de nome Castelnuovo Bocca d´Adda.

Delmo Montesi viveu quase toda a sua vida no local, tendo passado apenas um ano em Pindamonhangaba, na Fazenda da Mombaça. Perdeu seu pai muito cedo, e com 14 anos começou a trabalhar na lavoura para o sustento da família. Dessa época, lembra-se bastante das conversas que tinha com o Sr. Virgílio Valério.  Em 1948 casa-se com Maria Irene Pistilli e se estabelece por conta própria.

Foi agricultor a vida toda. Na década de 70, retomou uma atividade que seu pai havia praticado por algum tempo logo nos começos da colônia e que tem longa tradição na região de origem dos Montesi: a criação de bicho-da-seda. Não chegou a praticá-la por muito tempo, já que, segundo ele, o transporte dos cocons até São Paulo pela ferrovia era muito difícil.

Além de agricultor, o Seu Delmo sempre foi uma pessoa bastante engajada na vida social da colônia: depois de ter jogado por alguns anos no Esporte Clube Quiririm, entre 1940 e 1947, exerceu nele a função de tesoureiro por 20 anos. Participava também da organização das festas religiosas e, por último, esteve no grupo que organizou a primeira festa comemorativa do aniversário da colônia. Hoje, dá nome ao desfile que ocorre durante a mesma.

Criação de bichos da seda da família Montesi,
Criação de bichos da seda - Família Montesi
Esporte Clube Quiririm: Sr. Delmo em pé à esquerda
Esporte Clube Quiririm - Sr. Delmo em pé, à esquerda
Dionéia Aparecida Gadioli Bariani
2° geração

Dona Dionéia, assim conhecida localmente por todos, nasceu em Quiririm em 04 de abril de 1939, como filha mais velha de Dídimo Gadioli e Lourença Valério Gadioli, a Dona Lora. Tanto os Gadioli, provenientes de Lustinente, na região de Mantova, quanto os Valério, provenientes de Cercemaggiore, na região de Campobasso, fizeram parte dos primeiros colonos do Núcleo.

Passou toda sua infância em Quiririm e, destes primeiros anos, se lembra com muito carinho de sua nona, Teresa Bozzi, mãe de seu pai. Segundo ela, a avó só falava italiano e se vestia como uma “italiana pura”, sempre de vestido longo, avental e lenço na cabeça. De seu pai, um grande contador de histórias, se lembra das inúmeras vezes em que era chamado para apartar as brigas de futebol em que seus filhos se metiam. De sua mãe, se recorda de sua maestria na cozinha e dos dias inteiros que passava fazendo latugue, turtei e marubim, na época do Natal.

Dona Dionéia morou por quase toda a vida em Quiririm, tendo vivido fora apenas no tempo em que iniciou sua carreira de professora, nas cidades de Jacareí, Caraguatatuba e São José dos Campos. Aqui viveu sua vida de casada e criou seu filho; não se vê morando em outro lugar.

José Nival Boccalari
2° geração

O Seu Zé Boccalari, como conhecido por todos, nasceu no dia 15 de fevereiro de 1931 em Quiririm, filho de Alexandre Boccalari e Amabile Coradi Boccalari. A família Boccalari fez parte do grupo das primeiras famílias a adquirir lotes na Núcleo Colonial e é proveniente de Grumello, na região de Cremona.

A sua infância, bem como sua vida, o Seu Zé passou em Quiririm. Dos tempos de menino, se lembra muito bem de ajudar o pai na lavoura, que era praticada quase sem auxílio de máquinas. Também se recorda com saudade da comida, que era feita toda em casa: pão, macarrão, salames e linguiças, tudo em grandes quantidades, para ser consumido por um longo período de tempo. Assim era também com a carne, que era conservada em grandes latas com gordura derretida.

Após a morte do pai, ele e seu irmão, Cesídio, resolveram abandonar o trabalho na lavoura e foram aprender o ofício de pedreiro com um tio. Nesta profissão ficaram pelo resto de suas vidas e por suas mãos foram construídas muitas casas do distrito. Seu Zé conta que, em seu tempo, o pedreiro não se limitava a construir a casa, mas fazia toda a instalação elétrica e também o acabamento, deixando-a pronta para a entrada do proprietário. Diz ser uma satisfação hoje, depois de ter atuado por 55 anos na profissão, observar suas obras pelas ruas.

Casas antigas, muitas delas construídas pelos irmãos Boccalari
João Aristodemo Canavezzi
2° geração

O Seu Demo, assim conhecido no distrito, nasceu ali no dia 03 de maio de 1928, filho de João Batista Canavezzi e Mariana Pistilli Canavezzi, duas das  famílias chegadas ao Núcleo logo em seus primeiros anos. Os Canavezzi são provenientes da província de Cuneo, no Norte da Itália, e os Pistilli, de Vinchiaturo, província de Campobasso, no atual estado do Molise.

Fez parte do pequeno grupo de crianças da segunda geração que, ao invés de ser iniciado cedo no trabalho, pôde continuar seus estudos após o término do primário, tendo frequentado a Escola Diocesana em Taubaté. Foi aluno interno e deste tempo se recorda que, nos finais de semana, voltava para casa a pé, carregando a mala de roupas usadas.

Após a conclusão da escola básica, formou-se contador. Uma recordação muito cara desses anos é o hábito que tinha de, por frequentar a Escola de Comércio em Taubaté, jantar na casa dos Guarnieri/Ponzoni, que já moravam na cidade nesse período. Mais tarde, formou-se também bacharel em Direito.

Mesmo sendo formado, não se afastou da lavoura e dedicou-se ao plantio de arroz, feijão e batatas até a idade aproximada de 70 anos. De sua mocidade, lembra-se com prazer de sua atuação no Esporte Clube Quiririm como jogador e posteriormente como diretor. Trabalhou por muito tempo para as festas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, tendo estado também entre os apoiadores mais assíduos das primeiras festas comemorativas de aniversário da colônia.

José Indiani
1° geração

O Zé I, assim carinhosamente chamado pelos amigos, nasceu em Quiririm no dia 13 de janeiro de 1931, como único filho de Gaetano Indiani e Adelia Salari Indiani, ambos provenientes de Calvatone, região de Cremona. Na verdade, o Sr. Gaetano já vivia há muito tempo com sua família no Brasil, quando conheceu Adelia em uma viagem à Itália.

Viveu a vida toda aqui, uma boa parte dela no sobrado que hoje é sede do Museu da Imigração Italiana. De sua infância ali, diz ter sido a época mais feliz de sua vida. As frutas, a pesca no rio Paraíba, tão próximo, a caça aos animais nas redondezas, tudo isso tornava a vida no “sobradão” muito bonita.

Como membro de família empreendedora, proprietária de olaria, fábrica de cordas e pomar de laranjas, foi iniciado muito cedo no trabalho. Com sete anos, já ajudava executando pequenos trabalhos e assim foi até se casar, com a idade de 25 anos, com Nely Alvarenga no dia 20 de maio de 1956. Após o casamento, trabalhou alguns anos na lavoura e acabou tornando-se funcionário público, profissão na qual se aposentou.

Hoje em dia, dedica-se a escrever sobre os primeiros tempos de Quiririm. Já publicou o livro “Os Italianos em Quiririm e Minhas Memórias” em dois volumes,  em 2008 e 2012. Se ocupa, além disso, com suas coleções, que não são poucas: orquídeas, animais empalhados, cascas de ovos, fotografias. Bom orador que é, já foi entrevistado inúmeras vêzes pelas emissoras locais de televisão e é referência quando o assunto são as memórias do núcleo.

José Indiani com seu pais Caetano Indiani e Zulema Adelia Salari Indiani
José Indiani com seu pais Caetano Indiani e Zulema Adelia Salari Indiani
José Pistilli
2° geração

O Seu Zé, assim chamado por todos, nasceu em Quiririm no dia 23 de abril de 1929, como terceiro filho de Miguel Pistilli e Maria Rosa Ponzoni, duas das famílias chegadas alguns anos após a criação do Núcleo Colonial. Os Pistilli são provenientes de Vinchiaturo, região de Campobasso, e os Ponzoni de Calvatone, região de Cremona. É irmão de Maria Aparecida Pistilli Sene, também entrevistada para o documentário.

Começou a trabalhar muito cedo, primeiramente vendendo as bananas de sua avó Gaetana pelas ruas do distrito e limpando, aos sábados, seu quintal e galinheiros. Mais tarde, passou a levar de bicicleta o almoço para seu pai na roça, no Cafarnaum, hoje bairro do Cecap. Com a idade aproximada de 11 anos, depois de terminar o quarto ano primário, começou a trabalhar com o pai na lavoura. Desse tempo, gosta de se lembrar da compra do primeiro automóvel, um “Fordeco”, o qual passou a ser o meio de transporte de todos os parentes que tinham lavoura no bairro de Sá e Silva, em Caçapava: seu pai, ele próprio, seus tios Oscar Leite, Alfredinho Taino e Alfredão Barbieri.

Desta época, gosta de lembrar-se também de sua atuação como jogador no Esporte Clube Quiririm, a qual ele considera ter sido apenas mediana, e principalmente das atuações honrosas do time do coração da maioria dos habitantes da colônia, o Palestra Itália, depois Palmeiras. Sabe de cabeça, ainda hoje, muitas escalações do Palestra, como por exemplo, a de 1942, ano em que o time foi campeão invicto.

Viveu a vida toda e vive ainda hoje em Quiririm, tendo trabalhado nas lavouras de arroz, feijão e batata, além de ter-se dedicado por algum tempo à pecuária leiteira, até a idade aproximada de 80 anos. Teve quatro filhos, dos quais exigiu apenas uma coisa: que estudassem até a Universidade. Apesar de ter frequentado a escola por apenas quatro anos, dá imenso valor aos estudos, gosta de ler, principalmente sobre características geográficas do Brasil e de outros países, e lê jornais diariamente.

José Pistilli à direita como jogador do Esporte Clube Quiririm
José Pistilli à direita como jogador do Esporte Clube Quiririm
Maria Lourença Taino Coutinho
2° geração

Maria Lourença Taino Coutinho, chamada por todos Dona Lei, nasceu em Quiririm em 13 de março de 1937, como segunda filha de Alfredo Taino e Carolina Pistilli Taino, ambas as famílias chegadas nos primeiros tempos do Núcleo Colonial, sendo os Pistilli provenientes de Vinchiaturo, na região de Campobasso, e os Taino da região de Cremona.

Viveu praticamente a vida toda no distrito, tendo passado apenas um ano fora, na fazenda Sá e Silva, ainda quando menina. Desse tempo, se recorda com carinho da convivência com Cabral, empregado de seu pai, que depois acompanhou-os a Quiririm. De sua infância, muito vivas também são as memórias das reuniões familiares organizadas por seu pai, principalmente as de final de ano, quando seu tio, Renato Giovanelli, marcava presença com sua sanfoninha de oito baixos.

Com a idade de 18 anos, se casou com Germano Deodato Coutinho, também ele filho de imigrantes, neste caso, portugueses. Depois de casada e do nascimento dos dois filhos, voltou a estudar e se tornou professora, profissão que exerceu por toda a sua vida e pela qual tornou-se muito querida de muitas gerações de moradores locais.

Dos tempos antigos, se lembra com saudades também do engajamento de seu pai no Esporte Clube Quiririm, do qual foi jogador junto de seus irmãos Olavo, Ricardinho e Toninho, e posteriormente treinador do time dente-de-leite e diretor. Recorda com muito carinho as ocasiões em que o time de veteranos do Palmeiras jogou em Quiririm e, principalmente da ocasião em que, após o jogo, foi almoçar em sua casa.

Dona Lei no centro como mascote do Esporte Clube Quiririm
Dona Lei como mascote do Esporte Clube Quiririm
Maria Aparecida Pistilli Sene
2° geração

A Dona Cida, como é conhecida pelos quiririenses, nasceu no dia 14 de outubro de 1936, como sétima filha de Miguel Pistilli e Maria Rosa Ponzoni, ambas as famílias chegadas nos primeiros tempos do Núcleo Colonial, sendo os Pistilli provenientes de Vinchiaturo, na região de Campobasso, e os Ponzoni de Calvatone, região de Cremona.

Morou no local praticamente a vida toda, e daqui esteve ausente por apenas dois anos, logo depois de seu casamento. De seu tempo de infância, se recorda das ruas de terra do distrito, das brincadeiras de rua e de sua  querida professora Alice Klier Monteiro. Conta que ela e suas amigas iam buscá-la em casa e a acompanhavam até a escola, revesando-se para segurar sua bolsa. Deste tempo, lembra-se também das visitas entre as famílias para apreciar os presépios na época do Natal.

Começou a trabalhar bastante cedo, vendendo bananas para a sua avó Gaetana Valério Pistilli, que possuía uma pequena chácara onde criava animais e tinha árvores frutíferas, das quais provinham as bananas para a venda e frutas para doces e compotas. Ainda adolescente, aprendeu a costurar.

Depois de se casar com Hérnio Sene, também ele descendente de família italiana radicada em Taubaté, exerceu o ofício de costureira por algum tempo e depois retomou os estudos e formou-se professora, profissão que exerceu até a aposentadoria.

Por ocasião da primeira festa italiana, foi perguntada se queria colocar uma barraca e imediatamente se decidiu por uma de doces. A partir de então, já quase aposentada de sua segunda profissão, passou a fazer doces italianos e trouxe de volta para muitas mesas do distrito uma receita tradicional herdada das primeiras famílias: a torta de nozes natalina. Há alguns anos já não tem mais a barraca na festa, mas continua produzindo doces e as encomendas de torta por ocasião do Natal e do Ano Novo são numerosas.

Festa familiar - Carnaval Pistilli Cida
Festa familiar - Carnaval Pistilli Cida
Maria Boari
2° geração

A Sra. Maria Boari nasceu no dia 25 de setembro de 1928 no bairro do Cafarnaum, filha de Angelo Boari e Josefina Alves Moreira, sendo portanto fruto de laço matrimonial entre um italiano e uma brasileira em um momento em que isso ainda não era frequente na colônia. Os Boari são provenientes provavelmente da região de Mantova.

Viveu por quase toda a sua vida em Quiririm, tendo passado, durante a infância, algum tempo também em Redenção da Serra. Começou a trabalhar ainda criança, limpando com sua mãe os pomares de laranja do Sr. Bastos, onde morava. Depois trabalhou na lavoura do arroz e foi lavadeira na “Bica do Vicentinho”.

De sua infância, ficou marcada em sua memória a época do Natal, durante a qual ouvia-se por toda parte os gritos dos bichos que eram abatidos para as festas. Não se lembra de ter vivenciado quando criança a tradição de Santa Lucia, segundo a qual, na noite de 12 para 13 de dezembro, essa Santa deixaria doces para as crianças em troca de capim para seu cavalo.

Dos tempos de criança, se lembra também do fascínio exercido pelas conversas em italiano entre seu pai e Francisco Boccalari, das quais ela e seus irmãos não conseguiam entender nenhuma palavra. Para eles, provavelmente através da convivência com a mãe brasileira, sua língua já era o português…

D. Maria faleceu durante a edição do vídeo documentário, no início de 2016.

Theresa Ponzoni D´Angelo
2° geração

Theresa Ponzoni D´Angelo nasceu no bairro do Pinheirinho no dia oito de outubro de 1924, filha de Angelo Santo Ponzoni e Rosina Guarnieri, as duas famílias chegadas muito cedo no Núcleo Colonial de Quiririm, provenientes, os Ponzoni, de Calvatone, na região de Cremona, e os Guarnieri, de Colle d´Anchise, na região de Campobasso.

Morou apenas até a idade de 13 anos no local, tendo-se mudado depois para Taubaté, em razão de seu pai, então empregado na Beneficiadora de Arroz de Vito Ardito, ter sido transferido para a cidade. Sua família nunca deixou de se sentir afetivamente ligada a Quiririm, e vivia essa ligação por meio de visitas às casas dos avós, tios e amigos. Depois da transferência para Taubaté de muitas outras famílias, deu-se, segundo ela, a formação de um grupo de quiririenses na cidade, o qual se conservava ligado por meio de visitas mútuas frequentes.

Depois que tirou o diploma escolar, aprendeu a costurar e exerceu essa profissão até se aposentar. De suas mãos saíram muitos vestidos de noivas de Quiririm. Casou-se com Antonio D´Angelo, também descendente de italianos, de família radicada em São Paulo, e por essa razão viveu naquela cidade por alguns anos, no bairro do Bexiga.

Até hoje permanece intensamente ligada a primos e primas de Quiririm e com alguns deles conversa semanalmente por telefone. Bastante interessante é a amizade mantida com membros da família Indiani, os quais também são provenientes do mesmo lugarejo italiano, Calvatone.

Irmãos Ponzoni
Irmãos Ponzoni